Aquí em Madri, está na boca do povo: “seremos confinados outra vez?”. A Comunidade de Madri –equivalente ao estado no Brasil–, que foi o epicentro da primeira onda de covid-19 na Espanha, ao que parece perdeu o controle dos novos contágios, o que reflete num ambiente tenso na rua, totalmente diferente da relaxada Madri da velha normalidade. Discotecas votaram a ser fechadas, diminui-se a dez o número máximo permitido de pessoas em reuniões e a máscara passou a ser obrigatória desde 30 de julho. Madri, alás, foi a última das 17 Comunidades Autônomas a obrigar os cidadãos a se protegerem.
A razoável medida foi prontamente atendida pelo que vejo pelas minhas andanças na cidade. Mas qual foi a minha surpresa ao saber que no meio da onda de surtos, centenas de pessoas se reuniram hoje em protesto contra o uso obrigatório de máscara. Pouco antes das 18h, noticiava o Huffington Post, cerca de cem manifestantes já se concentravam na Plaza de Colón, gritando “queremos ver o vírus”, “brote, brote, brote, aqui não há rebrote ”, “não há medo ”, “as crianças não se tocam ”,“ o que mata é o 5G ”,“ a vacina de Bill Gates, enfia no cu ” e “testes falsos, falsos positivos”.
Muitos dos manifestantes não usavam máscara, apesar de os organizadores terem pedido que o fizessem. Além de negar o vírus, foram vistos cartazes pedindo a renúncia do governo e slogans como “Liberdade de imprensa, expressão e pensamento”, “O amor é inevitável, liberdade!” e “As multinacionais têm licença para matar lentamente. Não à vacina obrigatória Covid 19 “.
Claramente, caros leitores, a estupidez é um fenômeno global.
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