“Cuzco e Machu Pichu são meus destinos favoritos”, diz sumidade do turismo mundial
Saber quem escutar em um mundo onde todo mundo fala o tempo todo é um talento. Não é preciso ser muito capaz, entretanto, para saber que vale a pena ouvir Jean-Phillippe Pérol quando o assunto é viajar. Diretor do órgão oficial de fomento turístico da França, ele é um dos responsáveis — juntamente com a História, os vinhos, Paris e muitos outros — pelo sucesso do país em atrair gente. Em 2015, a França foi a nação mais visitada por estrangeiros no planeta: 85 milhões de pessoas pisaram em solo de liberdade, igualdade e fraternidade. Os ingleses e os alemães foram os turistas mais numerosos, seguidos pelos belgas, holandeses e italianos.
Em entrevista a Sílvio Cioffi, da Folha de S.Paulo, o especialista compartilha ótimo conhecimento para quem se interessa pelos movimentos da Indústria do Turismo. Conta, por exemplo, que os Estados Unidos criaram uma estratégia que vem dando muito resultado para atrair estrangeiros, e que a China deve ser o país que mais procurado do mundo até 2020. Para quem está precisando se inspirar para escolher o próximo destino, ele dá algumas valiosas dicas:
“Gosto de visitar lugares ‘où souffle l’Esprit’, ou seja, de destinos que misturam grandes belezas naturais e profundos conteúdos culturais e históricos.
Fora da França, vibro com Veneza, Istambul, Andaluzia e Síria. Adoro o México, a Ilha de Páscoa e a cidade de Jerusalém, mas o meus destinos preferidos são os peruanos Cuzco e Machu Pichu.
Já fui para lá cinco vezes, sendo a última para conhecer a trilha do Caminho Inca, uma experiência fabulosa.
Sou fascinado tanto pela beleza do local –os picos e os vales dessa região do Peru, onde nascem os rios amazônicos, quanto pelas obras impressionantes deixadas pelos incas e pelos seus colonizadores espanhóis”.
No Brasil, entre dos meus destinos favoritos, estão, é claro, Salvador, Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu.
Mas, o meu destino predileto mesmo é a Amazônia, com o Festival de Parintins, a pescaria nos afluentes do rio Madeira ou no rio Negro, os passeios ecológicos nas Anavilhanas ou nas praias de areia branca do próprio rio Negro!”
Sei que gostos por lugares são extremamente pessoais, mas é sintomático notar que um homem que certamente já foi aos cantos mais diversos do mundo, e deve ter ótimos motivos para gostar de um lugar, é apaixonado por destinos relativamente baratos de chegar e perto de nós.
Sobre Cuzco e Machu Pichu, concordo plenamente Jean-Phillippe: todo mundo tem que visitar um dia, e de preferência caminhando pela rota inca. Ao chegar ao topo de Machu Pichu, olhando para a cidade abaixo, você se sentirá renovado como poucas vezes na vida. Aliás, se você acredita em energia, vai se arrepiar andando por lá.
Ao ler a entrevista, senti-me mal em ainda não ter ido a Parintins. Aliás, como sabemos pouco — ou nada — sobre a Amazônia. O lugar mais perto que cheguei da floeresta foi Belém, cidade que também recomendo com entusiasmo. Principalmente para quem gosta de provar sabores novos, exóticos, únicos.
O fato é que viajar sempre vale a pena. Não pense duas vezes em ir.
Leia aqui a entrevista completa.
Enquanto não compartilhamos um roteiro sobre o Peru, Cuzco e Machu Pichu, sugerimos que você leia as dicas do Viaje na Viagem, um dos melhores blogs em português sobre viajar.