Seis músicas em que Alceu Valença Andou, Andou

Hoje às 21h o artista que inspirou o nome deste blog, ANDAR ANDAR, transmitirá seu talento por uma tela. Alceu Valença fará sua segunda live no Youtube desde que que teve de cancelar os shows por causa do coronavírus. Antes, compartilho seis músicas em que o artista mais local-universal que conheço canta o verbo Andar.

Alceu Valença é uma explosão de vida que pode ser compreendida em qualquer lugar do mundo. O local universal não envelhecerá nunca. Ele é Olinda, Rio de Janeiro, Paris ou Lisboa. Ele é frevo, forró, jazz ou fado. Ele é Luiz Gonzaga, Cayby Peixoto, Rolling Stones ou Gilberto Becaud. Ele é repentista, guitarrista, contista ou cantor. Ele é o Carnaval, as dores de amor, os dias brancos ou coloridos. Ele é meu artista favorito e me inspirou a ter um blog de viagens chamado Andar Andar. Viva Alceu Valença!

1. Andar Andar

Eu compus essa canção
Andando de Ipanema
Para o Baixo Leblon
Procurando te encontrar
No meu Rio de Janeiro

Eu compus esta canção
Andando de Ipanema
Para o Baixo Leblon
Feito um cão abandonado
Como o povo brasileiro

Andar, andar
Nas ruas do Rio
Do Rio de Janeiro
Dezembro, abril

“A todo mundo eu dou psiu
perguntando por meu bem”

Ainda resta um assobio
Um desejo, nada além
Tudo vira desejo
Desejo de te encontrar
Conjugação de desejos
Nascendo do verbo amar

Amor de amar
Céu de anil
Serra do Mar
Meu pau-brasil
Somos filhos de um só ventre
Dessa terra mãe gentil
E as elites nos dividem
Como vai mal meu Brasil

E tudo vira desejo
Desejo e nada mais
Brasil, nação de desejos
Na triste praça da paz

2. Pelas Ruas que andei

Na Madalena revi teu nome
Na Boa Vista quis te encontrar
Rua do Sol, da Boa Hora
Rua da Aurora, vou caminhar

Rua das Ninfas, Matriz, Saudade
Da Soledade de quem passou
Rua Benfica, boa viagem
Na Piedade tanta dor

Pelas ruas que andei, procurei
Procurei, procurei te encontrar
Lê, lê, lê, rê, lê, lê, lê, rê, lê, lê, lê, eia
Lê, lê, lê, rê, lê, lê, lê, rê, lê, lê, lê, lai.

3. Sabiá

A todo mundo eu dou psiu
Perguntando por meu bem
Tendo o coração vazio
Vivo assim a dar psiu

Sábia vem cá também
Tu que andas pelo mundo
Tu que tanto já voou
Tu que cantas, passarinho
Alivia minha dor
Tem pena d’eu
Diz por favor
Tu que cantas, passarinho
Alivia minha dor

4. Cabelo no Pente

Andei pisando pelas ruas do passado
Criando calo no meu pé caminhador
Dançando xote, tropecei com harmonia
Na melodia de pisa na fulô

Andei pisando pelas ruas do passado
Criando calo no meu pé caminhador
Dançando xote, tropecei com harmonia
Na melodia de pisa na fulô

Andei passando como as águas, como o vento
Como todo sofrimento que enfim me calejou
Terei futuro deslizando no presente
Como o cabelo no pente que penteia meu amor

Como o cabelo no pente que penteia meu amor
Como o cabelo no pente que penteia meu amor

Ai, ai, ai
Oh, oi, oi, oi
Ai, ai, ai

Eu também quero quero pisar na fulô

Ai, ai, ai
Oh, oi, oi, oi
Ai, ai, ai

Eu também quero quero pisa na fulô

5. Blue Baião

Cadê Delminha? E meus amigos?
A cada passo olho prá trás
Ando perdido nessa cidade
Em cada esquina sou um a mais

Eu sou um rosto qualquer
eu sou qualquer cidadão
Tenho um mapa da cidade
e me perco sem razão

Lindo é o Rio de Janeiro
bem que vim morar aqui
E a saudade me sangrando
com talho de bisturi

Tenho dois rios correndo
no leito de minhas veias
Entro em meu quarto e desato
meus sapatos, tiro as meias

Destilando minhas penas
Dedilhando o violão
No meu quarto de Ipanema
Eu compus um blue baião.
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6. Dolly Dolly

Corra, ponha os pés nessa estrada
Que não vai dar em nada
Que adianta fingir
Seja tola, mal educada
Uma pessoa gelada
Ovelha Dolly, Dolly

Corra, ponha os pés nessa estrada
Que não vai dar em nada
Que adianta fingir
Seja tola, mal educada
Uma pessoa clonada
Ovelha Dolly, Dolly

Andar, andar, fugir assim
Andar, andar, volta pra mim

Seja boba, bem debochada
Diga que chegamos ao fim
Fale que vai bem, muito amada
E vive um conto de fadas
Nem se lembra mais de mim

Andar, andar, fugir assim
Andar, andar, volta pra mim

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