O futuro do turismo na era dos coronavírus: a Ásia pode ter respostas para o que está por vir

Dançarinas tailandeses tradicionais, usando escudos protetores de rosto, se apresentam no santuário Erawan, em Bangcoc, que foi reaberto depois que o governo tailandês relaxou as medidas para combater a propagação do Covid-19 em 4 de maio. (MLADEN ANTONOV/AFP/Getty Images)

A pandemia no coronavírus teve um efeito devastador sobre o turismo. Segundo a Organização Mundial do Turismo, órgão da ONU, a queda pode ser de até 80% este ano comparado com 2019, o que representará a perda de 100 milhões de empregos ao redor do planeta.

Uma reportagem da CNN americana publicada hoje dá o tom da tragédia. Na Tailândia, por exemplo, onde o turismo representa 18% do PIB, as autoridades esperam uma queda de 65% no movimento. Para tentar minimizar o dano, o país está considerando abrir alguns resorts que poderiam servir de quarentena para seus hóspedes isolados. Na China, os voos domésticos voltaram a operar, mas as fronteiras seguem fechadas para quase todos os estrangeiros.

Enquanto isso, na Oceania, Nova Zelândia e Austrália planejam abrir o tráfego entre os dois países quando seja seguro.

Segundo a reportagem, apesar das iniciativas iniciais, especialistas do setor alertam que pode levar anos para que o turismo volte ao nível anterior à pandemia. E mesmo que isso aconteça, a maneira de viajar certamente não será como antes.

A reportagem antecipa que o futuro imediato do setor deverá seguir o modelo Nova Zelância-Austrália, de fluxo em bolhas.

Tailândia-Vietnã e Europa-Estados Unidos podem ser alguns dos primeiros corredores a serem criados, mas tudo vai depender de alguns fatores. Primeiro serão necessárias dados fiáveis de que a pandemia está sob controle na origem e destino. Depois, confirmar se as relações geopolíticas resisistiram ao avanço do vírus. A China, por exemplo, deve considerar se houve algum sentimento anti-país antes de decidir reabrir o tráfego, caso a caso, diz um especialista ouvido pela CNN.

Passaportes de humanidade

Outras medidas para que os aviões possam decolar o quanto antes estão sobre a mesa. Medir a temperatura ou testar-se antes do check-in são algumas delas. Mas há alguns perguntas ainda sem resposta para implementá-as. Não estã claro até que ponto os testes rápidos disponíveis são confiáveis, e quanto tempo antes do embarque poderiam ser feitos para livrar a tripulação do risco de se contaminar.

Outra possibilidade, o de passaportes de imunidade, que permitiria os já acometidos pelo coronavírus viajarem depois de curados, também é arriscada. Não estã claro se é possível reinfectar-se pelo novo coronavírus.

Ao que parece, até que haja vacina, viajar será diferente, conclui a reportagem da CNN, a qual você pode ler a íntegra, em inglês, aqui.

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