Amor de mãe, uma homenagem tão triste quanto poderosa…


Ontem, por conta do dia delas, pensava sobre o amor de mãe, o qual me sinto previlegiadíssimo em receber, mas obviamente, por minha condição masculina, nunca serei capaz de entender plenamente. Eram 9h30 e desci para apanhar o jornal. Não abro mão do papel. Entre as muitas reportagens sobre o Coronavírus no EL PAÍS, uma contava por meio do sofrimento o que elas, as mães, são capazes de fazer pelos filhos. Algo que nunca serei capaz de entender plenamente… Dizia a reportagem que num México aproximando-se do pico de uma pandemia que põe a vida de muitas dessas mulheres em risco, um país assolado pela violência dos cartéis que matam milhares com crueldade inimaginável, grupos de madres seguem buscando seus filhos desaparecidos e possivelmente enterrados em valas comuns que podem ter sido feitas em qualquer lugar, num território de tamanho similar ao do Nordeste brasileiro. Começava assim: “Isabel Cruz remove a terra onde há um montanha solitária, umas árvores frondosas, um rio margeando. Procura seu filho Yosimar, de 31 anos, desaparecido no estado de Sinaloa em 2017. Ela não se dá ao direito de deixar de buscá-lo por um dia sequer. Cruz, de 51 anos, está se preparando para fazer coisas que nunca imaginou na sua vida, como hidratar tatuagens, colar ossos e manejar drones. Ela se prepara numa sala completamente ocupada por mapas do estado de Sinaloa e fichas com letras vermelhas com informação sobre os desaparecidos. Há 61 mil deles no México”. Ufa…
Na foto que ilustrava a reportagem, as mulheres, cujo único objetivo é tentar enterrar os filhos com um mínimo de dignidade, aparecem uniformizadas com roupas que bem poderiam ser de ficção científica. Ou nem precisava. Mães têm mesmo superpoderes.
Aqui a a reportagem

Texto publicado em 10/5 no facebook em homenagem às mães no dia delas

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