Guia prático para preparar orçamento de viagem

Há basicamente três maneiras de viajar: escolher o(s) destino(s), pesquisar sobre ele(s), preparar um roteiro e um plano de gastos antes de partir; chegar a um lugar desejado apenas com um voo de volta, ou no máximo o primeiro hotel reservado, e se deixar levar; ou simplesmente aproveitar uma oportunidade de última hora sem muito tempo para pensar, pelo prazer de ir. A primeira opção geralmente é escolhida pelos viajantes precavidos, que saem de casa desejosos de segurança, de poucas suspresas. A segunda, escolha de quem acha que parte da graça da viajar é aventurar-se sem roteiro. A terceira, a dos viajantes de alma.

Para o andarilho conservador, sair de casa sabendo quanto irá gastar é essencial. Para os dois outros perfis, parte da graça da viagem pode até ser ter que adequar-se financeiramente ao longo da caminhada. Perceber o dinheiro acabando ao longo do percurso, mas que angustiante, diriam eles, motivas as situações mais divertidas e inesquecíveis.

Viajante partindo para a Índia. Só tinha o voo comprado…

Com dinheiro sobrando ou orçamento apertado, eu sou partidário de que devemos nos jogar no destino sem roteiros estabelecidos. A melhor maneira de viajar, para mim, é ir com o máximo de informação histórica e social sobre o destino, e com o máximo de liberdade em poder mudar de planos. Acho que interagir com os locais e saber deles o que de fato importa naquele lugar, e o que está rolando na vida da cidade, pode dar muito mais significado a uma viagem que tirar algumas fotos frente a monumentos.

Apesar disso, reconheço que a maioria dos viajantes prefere um porto-seguro, quase como confirmar sua ideia anterior sobre os destino. Pensando nesse segundo pefil, e sabendo que quando o pior da pandemia passar o desejo de viajar será ainda maior –mas é possível que haja insegurança sobre se é o momento adequado para investir em ócio –, compartilho algumas dicas para mim valiosas sobre como planejar os gastos de uma viagem e economizar o suficiente para alcançá-los.

1- Quanto antes, melhor

Saber para onde quer ir e quando com o máximo de antecedência possível pode render uma grande economia. Simplesmente porque comprar voos e hospedagem com antecedência superior a seis meses ao dia do embarque é muito mais barato que decidir um mês antes. Ao planilhar o custo total, seja generoso com os números deixando algo de margem para cima. Tanto para mitigar a variação cambial, que pode aumentar os custos para você se nossa moeda se desvalorizar entre você decidir e comprar divisa estrangeira; mas também para ter uma reserva para emergências.

2- Seja flexível

É uma dica genérica, que tem várias variantes. Por exemplo: se você quer um destino de praia, vale a pena pesquisar lugares menos populares e caros, mas que cumpram a mesma função de pôr o pé na areia, dos inicialmente pensados. Se você tem férias em julho, quando o sol está a pino no Hemisfério Norte e é alta temporada em muitos países, e para você o calor é secundário, por que não privilegiar destinos onde julho é baixa temporada. Além do tempo de antecedëncia da compra, o fato de ser alta ou baixa temporada no destino fará uma grande diferença no preço de passagem e hospedagem.

3- Que preços calcular?

  • VOO – O preço pode mudar muito de acordo com a antecedência da compra e com a época da viagem. Minha sugestão é usar a plataforma Skyscnanner, que disponibiliza a busca por dias específicos, mas também “em qualquer dia”, mostrando as opções mais baratas
  • HOSPEDAGEM– costuma figurar entre o primeiro ou segundo custo mais caro da viagem. Algumas opções para levar em conta são albergues, que na Europa, Ásia e América do Norte são muito populares. Além do excelente custo-benefício (aqui um guia sobre o que você precisa saber sobre os albergues), girando entre 10 euros num quarto privado e 40 euros num privado, é uma ótima maneira de trocar experiências de viagem. Se preferir hotéis e não tiver o roteiro traçado, páginas como o Last Minute podem ser muito úteis ao oferer pechinchas de última hora. Hospedar-se com locais em quartos ou apartamentos inteiros usando o Airbnb pode ser uma boa pedida.
  • COMIDA-BEBIDA: Os custos de alimentação podem variar por vezes a depender do seu perfil. Se quiser economizar e se ebastecer com comida de supermercado, o custo pode ser entre 2 e 10 euros diários. Se preferir os restaurantes, a depender do país, pode variar entre 5 e 20 euros ao dia.
  • ATIVIDADES: Museus, passeios, visitas a lugares simbólicos são parte da experiência da viagem. Há várias maneiras de economizar, como pesquisar atrações que são gatuitas em determinados dias da semana ou formar grupos no local e obter algum tipo de desconto. Em países ricos e nos quais o turismo é mais organizado, quase sempre é melhor optar por compras antecipadas online. Em países mais pobres, a melhor opção é negociar preços in loco e se divertir com a experiência.
  • TRANSPORTE INTERNO: se sua idéia for mover-se pelo país escolhido, há muitos fatores a considerar: 1- qual o meio mais utilizado pelos locais? Certamente será, em geral, a melhor escolha. Pergunte! 2- pode ser uma experiência enriquecedora? viajar de trem pelo interior da Itália sem dúvida é mais prazeroso que sobrevoar e ter pouca noção da beleza lá embaixo 3- comprar pases que dão direito a vários trajetos pode ser uma boa pedida. Eles são comuns na Europa. 4- se desejar conduzir, é importante ver a facilidade de circular, seja por estradas bem ou mal sinalizadas ou possíveis pedágios no caminho 5- saber onde fica a estação, o aeroporto ou porto em relação ao seu destino final pode fazer grande diferença. Na Europa, por exemplo, voos muito baratos para aeroportos longe do centro são muito comuns. Mas o trajeto aeroporto-cidade pode ser até mais caro que o voo.
  • COMPRAS: Se o objetivo principal da sua viagem foram compras, pesquise por dias ou períodos especiais de promoções. Na Espanha, por exemplo, as REBAJAS acontecem duas vezes ano ano: a partir de 7/1, passado o Dia de Reis, durante o inverno; e a partir de 1/7, quando começa a temporada de descontos do Verão

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É importante ter em conta que, quantos mais dias num hotel, menor costumam ser os preços das diárias. O mesmo vale paraos voos. Ida e volta com mais de uma semana de diferença em gerel barateiam o preço do bilhete.

4 – Como economizar para viajar?

1- Ter uma previsão do gasto da viagem é o primeiro passo.

2- Depois, avaliar se o orçamento é adequado a sua situação financeira. Se parecer irreal, vale a pena voltar à planilha e tentar reduzir alguns custos. Lembre-se: flexibilidade vale muito dinheiro.

3- O último passo é planilhar seus gastos mensais e cortá-los pensando num objetivo concreto. Por exemplo: se tiver uma viagem orçada em R$ 2000 e quiser viajar em seis meses, terá de ecomomizar R$ 333 ao mês. Talvezseja possível estabelecer uma economia igual ao longo dos meses ou mesmo planejar períodos de maior ou menor economia. Jogue com os números.

4- Tenha em mente que os custos podem variar entre sua pesquisa inicial e a decisão de viajar. Refaça-os a cada mês para confirmar os valores iniciais.


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